Sergio Trentini
1 min readMay 30, 2018

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Quedam paralisados os plátanos, nenhuma soma de vento ousa balançar suas folhas avermelhadas por uma meia estação que insiste em não passar. Antes inquietas e inconsistentes, as folhas, agora prestes a cair, repousam inertes nas pontas dos galhos. Firmes como o amor inesperado que, em vez de se apossar de um corpo vagarosamente, se aproveita de um susto para arrebatar (e não existe palavra melhor que arrebatar para o efeito em questão) a alma, o espírito e todas as coisas etéreas e imateriais e não compreendidas que rodeiam o ser. Vai dar tudo certo e vai ficar tudo bem e já está tudo certo e bem. E assim por diante.

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